Com a urgente necessidade em desenvolver um sistema produtivo sustentável, a biomassa lignocelulósica tem emergido como matéria-prima chave nesse processo. O aproveitamento dessa biomassa para fins energéticos além de ser uma fonte abundante e de baixo custo também contribui com o manejo adequado de resíduos oriundos das produções agrícolas como a do coco (Cocos nucifera), os quais são de lenta degradação e geralmente acabam como poluentes no ambiente. Para promover esse mercado, a tecnologia de pirólise é empregada para converter os polímeros que compõem a lignocelulose em compostos sólidos, líquidos e gasosos de qualidade melhorada, sendo úteis para a produção de químicos e combustíveis. Como forma de verificar e analisar em quais contexto a combinação da pirólise e resíduos do coco tem sido utilizada para expansão das biorrefinarias, efetuou-se por meio de prospecção tecnológica nos bancos de patentes das bases World Intellectual Property Organization (WIPO) e Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a avaliação da situação patentária na temática. Os resultados demonstraram que a principal destinação da pirólise dos resíduos do coco tem sido para formulação do biocavão e biocarbono como intermediários ou parte do processo em uma diversidade de setores industriais, entretanto ainda não há patentes destinadas a obtenção dos produtos voláteis da pirólise (bio-óleo e gás pirolítico).