O ZIKV (ou ZKV) figura dentre os vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, causador de comorbidades neurológicas em crianças e adultos, como complicações oftálmicas, síndrome de Guillain-Barré, malformações congênitas, aumento no número de natimortalidade e aborto espontâneo. Ainda não existem vacinas ou medicamentos antivirais específicos autorizados para o tratamento da doença, que é forte candidata pra lista das doenças tropicais negligenciadas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Portanto, o objetivo deste artigo é trazer atualizações sobre o cenário geral dos tipos vacinais para o ZIKV, com ênfase nas vacinas baseadas em seu material genético. A busca foi feita em 08/03/2021, através da base de dados ClinicalTrials.gov, utilizando os termos “Zika” e “vaccine”. Foram encontrados 29 resultados, porém, apenas 19 eram testes clínicos de vacinas contra Zika em testes clínicos. Os resultados apontaram início das pesquisas em 2016 e demonstraram tendências decrescentes. EUA são o local onde ocorre a maioria dos estudos encontrados. A maior parte das vacinas são do tipo DNA, seguidas pelas inativadas. As gênicas (ou genéticas) codificam proteínas prM e E, com destaque para os plasmídeos de DNA pGX7201 e VRC5283, sendo esse último o princípio ativo da vacina mais avançada, pois já concluiu a Fase 2. Outras vacinas que merecem atenção são as vetorizadas por ChAdOx1, pois podem imunizar simultaneamente contra Zika e Chikungunya. Ademais, é necessário entender melhor a interferência cruzada entre as imunizações de Dengue e Zika, e a influência da fabricação de doses contra COVID-19 e suas pesquisas no desenvolvimento de outras vacinas.