A transformação do conhecimento em valor adquire o caráter de vetor fundamental da dinâmica econômica e passa a depender da capacidade que cada país possui em gerar sustentavelmente o processo de inovação e de distribuir os benefícios gerados pelas novas tecnologias junto à sociedade. O Brasil tradicionalmente ocupa um lugar secundário no campo do desenvolvimento científico e possui uma base produtiva industrial com pouca intensidade em inovação. Nas últimas décadas registra-se um esforço do governo brasileiro em reverter esse quadro de relativo atraso, por meio de políticas públicas centradas pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo desta pesquisa é apresentar e analisar os principais resultados regionais e nacionais da Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (PINTEC) publicada pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1998 e 2011. Foram utilizados procedimentos metodológicos de pesquisa documental e análise de dados com abordagem quantitativa. Após análise, percebeu-se que os indicadores de inovação relacionados com o maior grau de novidade crescem a taxas baixas, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste do país. As políticas implementadas no referido período não foram suficientes para alavancar substancialmente os indicadores de maior grau de inovação, o que demanda esforços e ações efetivas dos agentes econômicos para reverter essa situação.